O Galo-da-serra (Rupicola rupicola), Linaeus 1766, é uma ave passeriforme da família Cotingidae.
Habitat
Ocorre em regiões montanhosas e florestais do extremo Norte do Brasil, Amazonas, Pará, Roraima, regiões sul e sudoeste da Guiana, sul da Venezuela, Suriname e Guiana Francesa e leste da Colômbia.
Chegam a medir até 28 cm de comprimento; os machos possuem exuberante
plumagem alaranjada, uma proeminente crista em forma de meia-lua que
cobre o bico. As fêmeas, por sua vez, possuem plumagem marrom-escura com
crista menos evidente. Também são conhecidos pelos nomes de galo-da-rocha e galo-da-serra-do-pará.
Vive e habita as florestas escarpadas entrecortadas por igarapés e pequenos cursos d´água.
Acasalamento
O ritual para a escolha dos pares é um espetáculo extraordinário. Na
época reprodutiva os machos se agregam formando os leks. As arenas,
local onde os machos fazem displays, são compostos por pequenas
clareiras que são abertas involuntariamente por eles, durante as
exibições individuais. Os machos descem para as clareiras onde são
feitos os cortejos e as exibições não ocorrem ao mesmo tempo, devendo
haver alguma hierarquização entre eles que determina quem é o primeiro.
Não ocorre exibição de mais de um macho ao mesmo tempo. As fêmeas tem
aparições relâmpagos e a presença delas determina o ritmo de atividade
dos machos. O macho que se apresenta, salta alternadamente em circulo,
em sentido horário emitindo fortes chamados e exibe as penas da cauda e
as filigranas para a fêmea que o assiste. Quando a fêmea "simpatiza" com
o macho que se exibe, rapidamente ela desce até a clareira e é copulada
por ele, evento que ocorre em fração de segundos, então a fêmea parte.
Nem sempre os machos, que são polígamos, se exibem com sucesso
cortejando a fêmea.
A fêmea bota 1 a 2 ovos brancos com pintas marrons. O ninho em forma
de tigela é feito de lama, gravetos, fibras vegetais e resina vegetal,
instalado em fendas úmidas de penhascos rochosos e entradas de grutas,
geralmente localizados próximo a um curso d'dágua. O macho não tem
participação na construção do ninho, na incubação dos ovos e nem na
alimentação da prole.
Alimentação
Sua dieta é principalmente a base de frutas e com isso desempenham um
papel importante na dispersão das sementes de várias espécies de
árvores florestais, principalmente nos locais onde são feitas os
cortejos pré-nupciais e nos ninhos. Além de frutos, ele inclui na dieta
insetos e pequenos vertebrados, principalmente na alimentação dos
filhotes no ninho.
Predadores
Os predadores naturais do galo-da-serra incluem as seguintes espécies: gavião-de-penacho (Spitzaetus ornatus), uiraçu-falso (Morphnus guianensis), gavião-pomba-da-Amazônia (Leucopternis albicollis), gavião-preto (Buteogallus urubitinga), gavião-bambachinha-grande (Accipiter bicolor), gavião-relógio (Micrastur semitorquatus), onça-pintada (Panthera onca), puma ou suçuarana (Puma concolor), jaguatirica (Leopardus pardalis) e a cobra Boa constrictor.
Os galos-da-serra constituem alvos fáceis de predadores terrestres
quando estão no solo da mata, cortejando fêmeas. Já predadores aéreos
como os gaviões costumam atacá-los nas imediações das arenas.
Apesar de ser comum encontrá-lo na região em que habita e ser
apreciado por colecionadores de pássaros de gaiolas, o Galo-da-serra é
avaliado como "Pouco Preocupante" na Lista Vermelha de espécies
ameaçadas da IUCN.
Fonte: Wikipédia